Passo a passo para se tornar Astronauta

Escritório para Educação STEM e fomentação de novos Astronutas

Escritório para Educação STEM e fomentação de novos Astronutas

Torne-se um astronauta com o Instituto de Tecnologia Pedro HS Pella em parceria com a Agência Espacial Brasileira e a NASA

Passo a passo para se tornar Astronauta

Ser um astronauta pode parecer um sonho de outro mundo para muitas pessoas. Porém, por mais difícil que seja ingressar nessa área no Brasil, o Instituto de Tecnologia Pedro HS Pella fez esse post com o passo a passo para ajudar quem deseja se tornar um astronauta a transformar esse sonho realidade!

O que faz um astronauta?

Astronauta significa “viajante das estrelas”, expressão derivada das palavras gregas que significam “estrela” e “marinheiro”.

Embora a ideia que se tenha dessa profissão seja relacionada com viagens espaciais, a maior parte do trabalho exercido pelo astronauta é em terra firme, em treinamentos ou em apoio à missões. A viagem espacial acontece apenas quando há uma expedição agendada, mas não é toda a equipe que vai.

O astronauta é o profissional responsável por pilotar, comandar e desenvolver pesquisas de naves espaciais ou, ainda, ser membro da tripulação. Existem duas principais funções que podem ser exercidas por um astronauta:

  • piloto: responsável por comandar as espaçonaves

  • especialistas de missão: atuam na montagem e manutenção de equipamentos e sistemas, assim como realizar experimentos.

O que é preciso para se tornar astronauta?

Primeiramente, muito estudo. Normalmente são exigidos, além da graduação, cursos de mestrado, reconhecidos em instituições credenciadas, e preferencialmente ligados às ciências exatas, como física, matemática, ciência da computação e engenharias, ou ainda medicina e ciências biológicas, sendo desejável também o doutorado nessas áreas.

No Brasil, não há agências que formam astronautas profissionais e os investimentos federais para a formação desses profissionais estão parados.

Porém, é necessário ser membro da Agência Espacial Brasileira (AEB), responsável pela política espacial do País com o objetivo de promover mais autonomia ao setor. O ingresso acontece por meio de concurso público, que são divulgados em diários oficiais e em veículos de comunicação.  

Após a aprovação no concurso, os candidatos são selecionados por um sistema de pontuação. Além dos requisitos básicos, ter uma pós-graduação e ter exercido atividades como mergulho, paraquedismo e pilotagem são um diferencial e valem mais pontos.

Os requisitos básicos para a seleção, são:

  • Possuir formação na área de exatas ou biológicas;
  • Ter pelo menos dois anos de experiência profissional comprovada nas áreas STEM;
  • Possuir inglês fluente em fala, leitura e escrita;
  • ser aprovado nos testes médicos (como exame de sangue, visão e pressão) e psicológicos;
  • não ter antecedentes criminais.
  • Peso exigido costuma variar entre 50kg e 90kg
  • Altura exigida entre 1,59m e 1,90m.

É importante estudar línguas estrangeiras e ter fluência em inglês, que é a língua mais usada internacionalmente. O russo é considerada a segunda língua mais importante entre os astronautas, porque a Rússia é um país de grande destaque na formação desses profissionais e no investimento em missões espaciais, tripuladas ou não. 

É desejável ter alguma experiência em pilotar algum tipo de aeronave, um bom treinamento de natação ou mergulho e conhecer técnicas de sobrevivência em lugares diversos. Essas e outras habilidades serão ensinadas no treinamento que é feito depois que o candidato passar na seleção, mas conhecimentos prévios são um ponto positivo para conseguir a aprovação. A carreira de astronauta é considerada civil, mas vários militares saem na frente por ter experiência em alguns dos requisitos, como pilotar caças e o conhecer técnicas de sobrevivência variadas.

É extremamente necessário cuidar da própria saúde, tanto física como mental. Estes médicos são feitos para verificar a pressão arterial, a visão e outros fatores. É sempre importante cuidar da alimentação e fazer exercícios físicos, tanto para manter a saúde como para ter resistência para executar todas as atividades que o trabalho exigirá. Também é importante estar psicologicamente preparado para suportar todas as pressões que sofrerá caso vá mesmo para o espaço, além de saber se comunicar bem em público.

Como não há curso de formação de astronauta no Brasil, os interessados devem buscar outras agências espaciais como a Agência Espacial Norte-Americana (NASA), Agência Espacial Europeia (ESA), Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA), Agência Espacial Russa (Roscomos), Agência Espacial Canadense (ASC) ou Administração Nacional Espacial Chinesa (CNSA). Os pré-requisitos para cada agência podem variar, por isso é preciso consultá-las para maiores informações.

O primeiro brasileiro a se tornar um astronauta e viajar para o espaço foi o atual Ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações do País, Marcos Pontes

Apesar da carreira de astronauta ser civil, o ministro possui uma formação militar, em Tecnologia Aeronáutica pela Academia da Força Aérea (AFA) e Engenharia Aeronáutica pelo Instituto de Tecnologia Aeronáutica (ITA). Em 1998, ele ingressou no curso da NASA.

O curso possui duração de dois anos e possui conteúdos com ciências básicas, tecnologia e sistemas de ônibus espacial, além de técnicas de sobrevivência e procedimentos de emergência.  

Após a formação, o astronauta deve fazer um treinamento avançado por aproximadamente seis anos, para finalmente ser escalado para o primeiro voo espacial. As chances de um astronauta integrar uma missão espacial são bem altas, mas é importante ressaltar que isso pode levar tempo. O ministro Marcos Pontes, por exemplo, levou seis anos para participar de uma missão espacial.